terça-feira, 15 de março de 2011

Espaço, corpo e, se puder, tempo



Nunca em nossa história, desde Cabral e seus marujos, vivemos períodos de estabilidade social.Na fase colonial a nobreza e os armados oprimiam, prendiam, matavam e  saqueava em nome do Rei. Loteavam o país em latifúndios do tamanho de países, terras hereditárias. Autorizavam expedições particulares em troca de participação nos lucros e garantiam o  prejuízo dos aventureiros capitalistas. Bancavam naus, emprestavam caravelas, pagavam marinheiros, negociavam com estrangeiros, vendiam a prestação.
Depois viramos “Reino Unido”. Tinha um Rei aqui. Diz a história que era um rei comilão,  reservado... governava sob o julgo Inglês, não deixava de cumprir compromissos com a Europa rica, mesmo subjugando seu súditos tupiniquins, que teimavam em falar Tupi-Guarani só porque era proibido.
Independência. Ou morte. Viramos Império, um enorme império, um enorme Portugal. Mudou pouca coisa. Nosso imperador devia muito aos ingleses, detestava o calor tropical e se entregava aos prazeres mundanos com uma fome adolescente. Menos mal. Sobrava mais tempo para os colaboradores, que oprimiam, prendiam, matavam e saqueavam em nome do imperador.
Viramos República. Uma grande e injusta república de frente para o mar. Na verdade, várias repúblicas chefiadas por “coronéis” e suas milícias, que usavam as mesmas terras hereditárias. Só eles oprimiam e etc, só que agora em nome deles mesmos.
Passamos por ditaduras e  continuamos uma grande república, dividida em grandes feudos improdutivos, especulativos, um enorme socialismo capitalista. Dividimos sacrifícios, enviamos dividendos. Construímos enormes indústrias, monumentais usinas, fantásticas rodovias, bancos fortes e indispensáveis. Nos especializamos em sucateá-las e mal dizê-los. Estamos devolvendo tudo em 'tenebrosas transações'. Assim como Cabral nos dão espelhos e miçangas em troca de nossa alma brasileira.


Somos um grande país que merecia ser uma grande nação.  


Não há lugar algum no planeta que tem tanto, tanto, tanto assim. 
Somos o oásis do globo, reserva bioquímica, refil de água doce, paraíso da vida selvagem.
Aqui judia ama palestino, sérvio é sócio de bósnio, líbio namora americana. Hutus, zulus, e urubus batem pelada no aterro. Nosso povo é bom de bola.
Deveríamos exportar essa cordialidade.
Somos um continente.
Temos rios no deserto, um rio que é um mar, a maior praia do mundo.
Uma só língua, uma só bandeira, uma só pátria.
Será que não merecemos um destino melhor?
Deveríamos parar de conversar e prestar mais atenção na estrada que é longa e falta muito pra chegar...
A solução esta ai, lendo este texto ruim.
Foi bom perceber esse sorriso inteligente...

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