sábado, 18 de junho de 2011

“Quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz”

Charles de Gaulle e a Argélia inteira sabem o que significa estes versos.
O mesmo podia ser dito de Hitler, Mussoline, Papa Doc, Bush e outros menos famosos, mas tão ditadores quanto.
Mas talvez a dominação cultural seja apenas um pedaço do mal que uma colonização exploradora provoca.

 “Guerra é paz nas estradas”.

Essa frase de pára-choque de caminhão, propaganda que é de uma fábrica de carrocerias, provoca humor e filosofa  - sem querer  -  na ambiguidade dos sons e significados de guerra e paz.
Cultura e cultuar; imitar e criar. Não existe conflito onde há prosperidade e onde há prosperidade há democracia, e onde há democracia, logo existirá justiça social, e com justiça social aflora cidadania.
Se um povo está em litígio com seus dominantes, se há um desejo de libertação, se líderes inflamam com segurança e propriedade, a aculturação, a conivência e subserviência ficam em cheque. Aos dominantes não interessa conflitos. Aos dominados não resta opção. Ou dançam o roquenrol ou não dançam. Ou consomem os hortifruti anabolizados ou não recebem o remédio para o câncer que eles provocam.

Dominação Cultural mata mais do que mil soldados.

Qualquer injustiça cometida em qualquer lugar do mundo é um perigo para a justiça de qualquer outro lugar do mundo. Injustiça que há no idioma descaracterizado, nas tradições esquecidas, na liberdade vigiada, no assistencialismo chapa branca, na falta de escolas, no excesso de escolta, no desapego à família, na destruição de sonhos.

Entrelinhas

Durante a guerra do Vietnã, aviões americanos bombardeavam aldeias vietnamitas com camisinhas de um tamanho exagerado. A intenção era intimidar os inimigos fornecendo uma idéia equivocada do tamanho da anatomia dos soldados da América. Com tanta “sabedoria” assim, como eles conseguiram perder a guerra?

Congados, Folia de Reis e Festas Juninas

A cultura popular perdeu espaço na sociedade moderna, mas resiste. Em Ubá, Congados, Folias de Reis e Festas Juninas ainda convivem com a “videogueimização” da cultura contemporânea.   Meninos ainda jogam bolinhas de gude e a tradição parece que se renova, num antagonismo vibrante que resiste.
Cultura é talvez o mais amplo termo que se usa para qualificar uma atividade ou expressão. Mas o que realmente pode ser considerado cultural?
Música, teatro, artesanato, dança, folclore, cinema, festas populares, eventos religiosos, tudo isso é cultura?

Televisão é cultura?

O que o povo ubaense  pensa e precisa em relação a atividades culturais?  História é cultura?
São muitos questionamentos com várias possibilidades de respostas. Evasivas, completas,  sonhadoras, indignadas, apaixonadas. Todos têm uma definição e até mesmo uma predileção.

Como diria Marques de Pombal, desde Cabral e seus marujos entendemos o que significa dominação e dominados.


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