sábado, 18 de junho de 2011

Ponto de Ironia

Millôr Fernandes, escritor, chargista e humorista genial, pensa que deveríamos criar um sinal ortográfico de ironia. Ele acredita que isso “facilitaria muito a vida dos que não conseguem entender meias palavras”.
Afinal,  quem é dono da notícia? O assinante, o consumidor avulso, o anunciante ou o editor e seus interesses?
Vivemos em um planeta sem juízo, mas tão sem juízo que existem seres humanos que são pagos quase que exclusivamente para mentir.
Existe uma categoria especial de jornalistas, do tipo que manipula e falsifica  informações, criadores da “grande mentira”,  que antes de ser habitante das redações, estúdios e agências do mundo inteiro, deveria ter sido acadêmico de jornalismo. 
Essa gente  não acha que a  independência de um jornal exige que os interesses comerciais estejam separados do conteúdo.  Não acha, por exemplo, que nenhum anunciante, nenhuma empresa, nada deve interferir nas notícias, artigos, colunas, fotos e até charges que um jornal publica.
Penso que se um jornalista,  mesmo sozinho e no escuro, pensa  ou age diferente disto  tem outro nome. Não deveria ser chamado de jornalista. Na pior das hipóteses, entre aspas, assim: “jornalista”. A maneira como esse “jornalista” apura e trata a notícia e a maneira como trata os leitores,  mostra bem a cara do profissional,  que se trabalhasse em um tablóide de humor seria  mais interessante. E autêntico.
Em minha utópica sociedade, sem  ética  não há Jornalismo, sem  Jornalismo não há democracia, e sem democracia não há nada. Só escombros.

Um comentário:

  1. daqui do posto de leitor que acaba de descobrir o seu blog (e agradar do conteúdo dele, tecle-se de passagem) existem "jornalistas" que são políticos, que são advogados, que são médicos e que são garis... ética profissional é doença rara, que é muito mais fácil não ter e ganhar uns trocados a mais...

    abraço grande, bróde.

    ResponderExcluir